A psicanálise como aventura pessoal
- Maria Carolina Passos
- 4 de jun.
- 1 min de leitura
“É preciso questionar a ideia de que a psicanálise é um tratamento longo e caro. Ela é uma aventura pessoal e deve ser vista como uma história de amor. Assim é a psicanálise: a cura como aventura pessoal.” Éric Laurent
Enquanto se multiplicam soluções padronizadas para o sofrimento psíquico - baseadas em métodos, diagnósticos e medicamentos - a psicanálise propõe outro caminho: escutar o sujeito naquilo que ele tem de único.

Éric Laurent, psicanalista francês e discípulo direto do saber de Lacan, pontua que o sofrimento não se cura como uma ferida no corpo. E que a lógica médica da eficiência nem sempre é capaz de tocar aquilo que nos atravessa de forma mais íntima: nossas angústias, nossos desejos, nossos impasses.
A psicanálise não se mede em prazos ou promessas. Ela convida a uma travessia. E, como toda boa travessia, exige presença e uma aposta: de que é possível se surpreender com o que emerge da própria fala.
Mais do que um tratamento, a análise pessoal pode ser vivida como uma história de amor, com seus tropeços, reencontros e revelações. Uma experiência de escuta, de desejo e construção subjetiva de dignidade.
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