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Arte como expressão (e acesso) do inconsciente

  • Maria Carolina Passos
  • 15 de jul.
  • 1 min de leitura

Nietzsche uma vez disse que "sem música, a vida seria um erro". E se ele tivesse conhecido Freud, talvez completasse que sem arte, o inconsciente passaria fome.


A história da psicanálise e da arte se entrelaça em tempos e contextos dos mais diversos. De Leonardo da Vinci ao movimento surrealista, das obras literárias aos mitos, do cinema aos memes da atualidade. Em qualquer que seja a sua forma, é inegável que a expressão artística sempre foi um terreno fértil pra desvendar os labirintos psíquicos.


A arte não precisa ser interpretada para nos afetar. Ela já nos toca antes de qualquer compreensão racional. É como o inconsciente: não fala por frases organizadas, mas por imagens, lapsos, cortes, repetições, silêncios, excessos… revelando uma linguagem que opera de forma própria, além da lógica consciente.


Mono Liso do artista vini (@viniviniviniwinivinivinivini) ilustrando artigo da psicanalista e escritora Maria Carolina Passos sobre a arte como expressão e acesso do inconsciente.

A obra que escolhi pra ilustrar esse post é uma releitura contemporânea da Mona Lisa, feita pelo artista vini. Nela, o rosto desaparece. Fica o gesto, a presença simbólica. O toque não é mais humano, é o da tela. E o sorriso? Talvez se desfez entre notificações. Mas o que não se apaga é isso que a arte faz: resgata, desorganiza, transborda, desloca - aquilo que, no fundo, nunca deixou de pulsar.


No dia a dia da clínica, uma foto, uma música, uma cena onírica ou um poema podem comunicar o que o analisante ainda não consegue dizer. Porque a arte, além de expressão do inconsciente, pode ser uma via de acesso. E, como sempre, também uma forma de escutá-lo.

 
 
 

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