Princípio do Prazer x Princípio da Realidade
- Maria Carolina Passos
- 20 de mar.
- 2 min de leitura
Atualizado: 10 de abr.
Bom, não é bem uma luta… mas, às vezes, pode ser.
Para Freud, estamos divididos entre o Princípio do Prazer (que não conhece limites) e o Princípio da Realidade (que nos impõe limites).
— Andréa Pereira de Lima, O modelo estrutural de Freud e o cérebro: uma proposta de integração entre a psicanálise e a neurofisiologia, 2009.
✦ Você já parou para pensar sobre como nossos desejos e impulsos são regulados?
De um lado, temos o Princípio do Prazer, que busca satisfação imediata, evitando o desprazer a qualquer custo. Do outro, o Princípio da Realidade, que nos lembra que nem tudo pode ser resolvido no impulso - há limites, esperas e consequências.
PRINCÍPIO DO PRAZER: rege o funcionamento mais primitivo da psique, associado ao id. É aquela voz interna que diz: "quero agora, sem esperar!" Faz parte da nossa natureza e impulsiona nossas vontades.
PRINCÍPIO DA REALIDADE: associado ao ego, surge como uma resposta às limitações do mundo. Ele regula os impulsos e busca formas mais seguras e viáveis de satisfação. Aqui, a voz da maturidade diz: "sim, eu quero, mas preciso considerar as consequências." Esse princípio nos ajuda a navegar pelas complexidades da vida real.
Eles existem em uma interação permanente dentro de nós e podem ser observados nos pequenos e grandes dilemas do dia a dia:
⁉️ Comer o chocolate agora ou esperar até o fim de semana?
⁉️ Responder a mensagem no impulso ou respirar e refletir antes?
⁉️ Jogar-se nos desejos ou considerar as responsabilidades?

É uma dança constante entre o que desejamos e o que podemos ter, considerando as regras e limites do mundo ao nosso redor. A psicanálise nos ajuda a perceber esses movimentos internos e a entender por que, certas vezes cedemos, outras vezes resistimos.
Compreender essa dinâmica pode nos ajudar a lidar melhor com nossos impulsos e desejos, tornando-nos mais capazes de tomar decisões saudáveis e equilibradas. Ao longo da análise, vamos explorando como esses princípios influenciam sua vida e como podem ser integrados de maneira mais harmoniosa.
Afinal, não se trata de reprimir o prazer, mas de encontrar um caminho em que ele possa existir sem colocar o sujeito em conflito constante com a realidade.
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