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Se não vira palavra, vira sintoma

  • Maria Carolina Passos
  • 24 de abr.
  • 1 min de leitura

"Se não vira palavra, vira sintoma." Acontece que nem tudo que nos afeta encontra um lugar no discurso. Há experiências que o sujeito não consegue nomear - seja por trauma, censura interna ou porque simplesmente ainda não sabe o que sente.

Mas o que não é dito, não desaparece. Fica. E retorna.

Retorna como angústia que aperta o peito sem motivo, insônia persistente, dores recorrentes, explosões de raiva, crises de ansiedade, compulsões, relações que se repetem como labirintos.

🧩 O sintoma, na psicanálise, não é um erro a ser corrigido, mas uma formação do inconsciente - um recado cifrado de algo que insiste em ser escutado.


Por isso, não basta “resolver” o sintoma: é preciso atravessá-lo. E para isso, é necessário falar. Não qualquer fala, mas aquela que se autoriza a tropeçar, divagar, associar livremente... até encontrar o que ainda estava sem nome.

Só quando começamos a dizer o indizível é que o sintoma perde a necessidade de gritar.

Falar de si não é só um ato de expressão, é um ato de criação!

E talvez seja só quando começamos a dizer o indizível, que o sintoma perde a necessidade de gritar.

 
 
 

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